Em algum momento de 1934 decidiu-se pelo formato de 35mm, não muito conhecido pelo nome oficial de ISO 1007. Em 1960 já era o formato mais utilizado em fotografia, ultrapassando o principal concorrente, o APS (com 25mm de largura).
Em tempos de fotografia digital, o supra sumo dos equipamentos possui sensores ópticos com tamanho 35mm.


A importância histórica do 35mm sobe exponencialmente quando pensamos que a representação da realidade exposta em uma fotografia depende sobremaneira do formato adotado.
Ora, em um retrato as pessoas deviam agrupar-se para que em uma foto 35mm ficassem todas dentro do frame. Uma paisagem tinha de ser representada a distancia tal que suas proporções ficassem adequadas no formato. O curioso é que nesse tempo todo não se questionou a forma. Por que 35mm?
A Sony acaba de lançar em suas câmeras mais prosaicas uma função de panorâmica que gera um arquivo digital com dada altura e o comprimento que a panorâmica exigir. Isso significa que do alto de uma montanha no Chile, posso tirar uma foto em 180 graus (ou mais, se assim desejar) e mostrar para as pessoas assim. Não é mais necessário fazer uma colcha de retalhos de pedaços de 35mm e agrupá-los em programa específico.
O grupo de Drum`n`Bass inglês Pendulum lançou em abril um clipe de uma de suas músicas em 360 graus. O espectador pode, por meio de comandos na tela, assistir o clipe da perspectiva que mais o agradar.
O formato da mídia muda, então, um dos itens escopo da Diplomática:
A quantidade de informação armazenada em cada elemento.
Uma foto em 180 graus permite transmitir muito mais ao observador do que várias fotos em 35mm que cubram o mesmo panorama, pois transmite a informação do jeito que nossos olhos naturalmente enxergam o mundo.
Dá para ir mais longe?
Dá, um tanto. Lembra do filme Minority Report?
O jeito que o Tom Cruise (ah, o Tom Cruise...) manipula a informação em uma tela semi-holográfica mostra que ainda temos muito a mudar na forma como a informação fotográfica é armazenada e apresentada.
Mas aonde estamos nesse caminho?
Em fevereiro desse ano Blaise Aguera fez uma apresentação do Bing Maps (concorrente do Google Maps) que fez cair o queixo do público nerd e levantou sobrancelhas dos empresários de T.I. Infelizmente não encontrei versão legendada mas, na pior das hipóteses, as imagens falam por sí: http://www.ted.com/talks/blaise_aguera.html
A próxima fronteira é a popularização de equipamentos que permitam interação em três dimensões para que possamos, a passos largos, buscar o uso da holografia.

1 comentários:

Sérgio disse...

Amigas, meu blog em parceria com o Nicolaus já está no ar. Vocês poderiam, por favor, incluí-los na lista de blogs associados?

O endereço é: http://fotografia3por4.blogspot.com/

Obrigado!

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